sexta-feira, 25 de setembro de 2015

DO MAPA ANALÓGICO AO DIGITAL

 Do Mapa Analógico ao Digital

  1. Mapa Topográfico
O mapa topográfico (analógico) deve estar em bom estado de conservação. É adquirido no Instituto Geográfico Cadastral de Angola (IGCA). Os mapas têm dois sistemas de coordenadas, geográfico e rectangular, na projecção UTM (Universal Transversal de Mercator), datum de Camacupa (Elipsóide Clark), é o datum nacional, onde estão referenciadas todas as coordenadas. É importante também salientar que a escala 1:100.000 cobre 472 folhas de todo o país. Abaixo temos a figura de um mapa analógico. 

Figura 1 - Mapa topográfico, folha n.º 89, Luanda, escala 1:100.000


      2.  Digitalização do Mapa Topográfico

O mapa é digitalizado através de uma scanner ideal (ex. Epson Scanner A0), visto que os mapas em geral têm o tamanho A1. Após scaneado, o mapa perde a referência espacial, sendo apenas uma simples imagem de visualização. Daí surgir a necessidade de o georreferenciar para aplicações específicas.


       3.  Escolha dos Pontos de Controlo

Em princípio, para proceder este processo é necessário um software profissional ou mesmo livre, que permita a execução desta operação (ex. ArcGIS, GeoMedia, Quantum GIS e etc.). Após scaneado, o mapa é adicionado ao aplicativo (software), responsável  pela georreferenciação.
Os pontos de controlo são escolhidos ou obtidos: 
  • No próprio mapa analógico (antes de scaneado), se porventura for georreferenciado no datum local (Camacupa);
  • Numa base cartográfica (imagem de referência), diferente ao mapa, desde que tenha-se o objectivo de georreferenciar o mapa num datum diferente daquele que possuiu (ex. datum WGS84);
  • Podem ser obtidos também por levantamento de campo com GPS.
Dizer que neste passo são simplesmente identificadas e obtidas as coordenadas, dos locais onde serão marcados os pontos de controlo, no mapa a georreferenciar. Os pontos de controlo devem ser superiores ou iguais a 3 (GeoMeeting, 2010), dependendo portanto do grau polinómial, de acordo o modelo de georreferenciação escolhido.


       4.  Marcação dos Pontos de Controlo
É necessário uma boa distribuição espacial e uniforme desses pontos na superfície da imagem (mapa digital), da imagem a ser georreferenciada, com vista a garantir a melhor precisão. 
A marcação ou introdução dos pontos de controlo devem coincidir com o local onde foram obtido os mesmos, na fonte inicial.


       5.  Georreferenciação

Esta é a etapa derradeira, que permitirá então atribuir referência espacial a imagem, fazendo a correcção geométrica ou registo da imagem. Este processo pode ser executado totalmente no ArcMap, extensão do ArcGIS.
Após a georreferencia será possível verificar o erro cometido durante este processo. Isto é, através da tabela dos erros residuais, verifica-se o erro médio quadrático da correcção geométrica da imagem. Segundo João Matos, 2001, apresenta a tabela dos valores limites do erro médio quadrático para diversas escalas de mapeamento. A figura abaixo, mostra-nos o mapa digital, na interface do ArcMap, após a georreferenciação.

Figura 2 - Mapa digital georreferenciado no ArcMap



       6.  Aplicação do Mapa Digital

O Mapa Digital de forma geral é o levantamento de informações espaciais e tabulares (alfanuméricas) representado em formato digital, respeitando, projecções geodésicas, datum e sistemas de coordenadas. O Sistema de Informação Geográfica (SIG), os mapas digitais, podem ser visualizados e também processados, potencializando assim, a capacidade de decidir, analisar e identificar situações relacionadas ao mundo real.
Podem ser aplicados aos mais variados estudos relacionados ao espaço:
  • Mapeamento da rede viária de um país;
  • Mapeamento de esquadras policiais;
  • Evolução do recuo da linha de costa;
  • Mapeamento do alastramento de um vírus;
  • Estudo espacio-temporal de uma região.
Entre outros tipos de mapeamento que podem ser feitos digitalmente.


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